A origem da obra O Discurso da Morte

São muitas as crises de um autor.
Há pouco mais de três anos, dei início ao meu novo romance. Sentia-me engajado ao plano de retornar às origens. Meu primeiro livro, aquele que em primeiro escrevi, era um romance. Meu segundo também. A poesia, meu estilo literário predileto, já dava o ar da graça. Empenhava-me em intercalar narrativas com versos.
Contudo, não poderia contar com o acaso. Em meio à conturbada confecção daquela nova obra, travei. Prova de que as mãos e os pensamentos também se calam. Do súbito silêncio, nasceu O Discurso da Morte, uma flor intimista, brotada em forma de poesia.
Versos sempre me fizeram e me resgataram. Foi assim com meu novo lançamento. Seu poder restaurador me devolveu por inteiro ao romance e – por que não? – a mim. Uma obra – percebo! – nunca teria sido possível sem a outra, do mesmo jeito que me tenho feito assim, de silêncio em silêncio, de palavra em palavra.

Leave a Reply