[…] é o outro a me dar comigo.
Pois os olhos foram feitos para olhar para fora,
não para dentro.
Enquanto estiver em mim,
me faltará o essencial… imparcialidade.
Pois sou eu a olhar o mundo…
não sou o mundo a olhar para mim.
Sou um farol. Ilumino caminhos.
O horizonte é o meu limite,
e o chão, a minha raiz.
Eis a minha sina:
enquanto estiver em mim,
olharei o mundo a partir de mim…
e eu sou ninguém.

 

Trecho do texto O meu Mal (2015). Poesia confeccionada durante a produção da obra O Discurso da Morte.

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